terça-feira, agosto 09, 2005

Lembrar Hiroshima

Lembrar para que jamais se repita.
Mas lembrar tudo.
A vergonha, o absurdo e a desumanidade de um acto como o da lançamento da bomba atómica sobre Hiroshima.
Repetido com laivos de vingança três dias depois em Nagasaki.
A opção nuclear foi levada a cabo de forma fria e hipócrita, decidida já depois de o Japão ter aceite a rendição que vinha a tentar obter já há algum tempo através da Rússia. Foi uma prova de força perante o mundo ( e, em especial perante a Rússia que naquele tempo era já o verdadeiro inimigo).
E um teste. A escolha de hiroshima, entre outras coisas foi feita porque ainda não tinha tido qualquer ataque e era mais fácil a análise dos resultados, para o que foram enviados mais dois bombardeiros com a missão especifica de fotografar o ataque.
Se “Enola Gay” já é duvidoso como nome para o bombardeiro que a transportou o de “Little Boy” para a bomba é já sintoma da sobranceria que aí terá começado e ainda hoje se mantém.
Alguns números para não esquecer.
A bomba de hiroshima provocou mais de 200 mil mortos e há efeitos radioactivos que ainda perduram.
Provocou ventos de 970 km/hora e no centro da explosão a temperatura atingiu os 5,5 milhões de graus centígrados.
Num raio de 2 km do epicentro tudo desapareceu, literalmente reduzido a cinzas.
Como alguém disse, mesmo nos horrores da guerra, Hiroxima e Nagasaki foram actos totalmente desumanos e gratuitos porque desnecessários.