sexta-feira, março 19, 2010

O (E) Vidente

ou como o Professor KARMALOVSKI desmonta mais um enigmatolitico

Eu – Professor! Um candidato, a candidato, a candidato a primeiro-ministro afirmou que era necessário fazer a descolonização do estado.
O que queria dizer? Que existem muitas pessoas a gravitar em torno do poder num processo de auto sustentação que mais não faz que explorar todos os outros cidadãos em benefício próprio e que é necessário acabar com essa situação?
Professor – Não! Não! Nada disso!
Eu – Não? Então o que quis dizer?
Professor – O que ele quis dizer exactamente foi “ é necessário acabar com a colonização do estado feita por estes, para podermos ir nós para lá colonizar”.
Eu – Hã? Como sabe?
Professor – Ora! Não sou vidente? Eu não ouço só o que dizem! Eu entendo as frases completas, não só a parte dita mas também a pensada!

PS – Um candidato, a candidato, a candidato é alguém que tem que se candidatar a um lugar, que lhe dê acesso a um lugar em que se possa candidatar a um lugar cuja eleição seja a candidatura a primeiro-ministro!

quarta-feira, março 10, 2010

Diz que disse que lhe disseram

…ou como há sempre alguém que ouviu dizer qualquer coisa…

O espectáculo deprimente a que temos vindo a assistir, cujo nome genérico é o de Audições Parlamentares na Comissão de Ética é o espectáculo menos ético a que me lembro de alguma vez ter assistido.
Quase todas as acusações por mais graves que sejam começam por “penso que”, “é minha convicção que” e assim sucessivamente.
Não ouvi nenhuma que começasse por “afirmo que... e tenho provas de que…”
A minha perplexidade é como é que tantos deputados podem perder tanto tempo neste “suponhamos” continuado de onde é óbvio não poder sair mais nada do que um destilar permanente de ódio partidário, interesseiro e alcoviteiro?
São muitos ou há pouco que fazer?