quinta-feira, julho 29, 2010

O Esplendor da Crise

…crise, que à semelhança do crescimento, tanto pode ser positiva como negativa

Nota prévia:
Não tenho nada contra ser rico ou tentar ganhar dinheiro; eu próprio ando a tentar há muitos anos, sem sucesso, reconheço humildemente.
Mas questão não é essa.
A questão fundamental é a forma!
A notícia é fresca, de hoje mesmo, pelo menos no que me diz respeito.
O homem mais rico de Portugal viu, em plena crise, a sua fortuna aumentar 9,1%, para 2.184 Milhões de Euros.
No mesmo período, o detentor da quarta maior fortuna portuguesa viu a mesma aumentar 52%, de 665 Milhões de Euros, para 1015 Milhões de Euros.
São só dois exemplos das mesmas pessoas que aproveitaram a boleia da crise para reduzir todos os custos possíveis com pessoas (despediram, reconverteram, retiraram regalias, etc.,etc.), porque, como bem sabemos a crise quando nasce não é para todos – apenas para os do costume!
Há cada vez menos ricos mais ricos e cada vez mais pobres mais pobres!
O que se contesta não é ganhar dinheiro, mas tão só a forma como isso é feito.
E a forma…melhor a fórmula da forma…se me atrevesse a estratificá-la, seria mais ou menos assim:
Mérito – 10%
Oportunismo (não confundir com sentido de oportunidade) – 20%
Causas Externas/Acaso/Porque Sim – 20%
Escravatura – 50%
Escravatura disfarçada, subliminar, com mais ou menos cobertura legal, com maior ou menor evocação do interesse social, a verdade é que não passa da velha fórmula da exploração de homens por outros homens.
Tanto que evoluiu o mundo e tão pouco que evoluiu o homem!

(a) Tenho para mim que quem inventou o conceito de crescimento negativo devia receber dois prémios ao mesmo tempo, o Nobel da Imaginação e de imediato ser condenado a um Crescimento Negativo Perpétuo, por Crimes Contra a Humanidade.