domingo, outubro 30, 2016

Autarcas Deixam de Ser Penalizados Por Dinheiros Mal Gastos

Utilizemos os chavões que entendermos, chamemos os nomes que quisermos caímos sempre na mesma poça : “as moscas é que mudam, a merda é sempre a mesma”.
Chamam-lhe o centrão, os partidos do arco da governação e outros nomes semelhantes, mas na realidade não passam de sugadouros sociais.
O sugadouro social é um arbusto perene, parece estar sempre a cair, mas é um sempre em pé pronto a mudar de cor (e de forma) sempre que isso seja oportuno.
Uma das caracteristcas principais é a de secarem tudo à sua volta.
Outra muito impotante é a de serem completamente irresponsáveis por danos sociais, em particular se gastarem dinheiro mal gasto.
Tambem é caracteristica sua fingir que estão sempre muito zangados uns com os outros de forma a fornecerem espectáculos adicionais e gratuitos à populaça.
Mas como o que é barato sai caro é a popupaça, uma vez mais e sempre que acaba por pagar o espectáculo.
E viva a (ir)responsabilidade
Não me f...cundem!

sábado, outubro 08, 2016

Mais um Salvador

Quando ouço alguém dizer que é o melhor e que com ele ficará tudo bem e com os outros será o caos, sinto um arrepio, porque ao longo da história foi quase sempre assim que começaram os grandes regimes monopolistas. Regimes fascistas, ditaduras, regimes comunistas e quejandos, que sempre acenaram com a salvação e em seu nome cometeram as maiores atrocidades.
Mas nos tempos passados ainda podíamos dizer que tínhamos sido enganados porque os salvadores tinham o cuidado de se aproximar com pés de veludo.
Agora já não escondem nada, senão como seria possível que tivesse aparecido um Donald Trump?
O mesmo que esta semana apelou aos doentes americanos em estado terminal que "aguentassem" até ás eleições para poderem votar nele.
Tenho imensa dificuldade em classificar uma tal ideia.
Ainda que me ocorram umas tantas palavras.
Paranoico. Insensível. Doentio.
É! Doentio! Só uma mente doentia podia fazer um pedido tão insensível.
Às vezes é preciso que uma pessoa dê um trambolhão para que se repare bem nela.
Estas declarações tão ultrajantes podem ter sido o trambolhão de Donald Trump.
Para já caiu nas sondagens... pode ser que continue a cair!

sexta-feira, outubro 07, 2016

Uma Outra Revolução

Falar de revolução industrial pode ser redutor porque em boa verdade não pode haver revolução industrial, se da mesma não resultar bem para a humanidade no seu conjunto.
Parece-me óbvio que isso não acontece e que o modelo de desenvolvimento está errado.
Não há desenvolvimento se não houver sustentabilidade, modelo a que só chega uma ínfima minoria, sendo que os restantes são lentamente triturados.
Estamos num tempo de perigosas assimetrias com os ricos a serem cada vez menos e mais ricos e os pobres a serem cada vez mais e mais pobres.
Entretanto a população cresce de forma descontrolada apesar dos avisos atempados de estudiosos como Mathus e Marcuse.
A globalização trouxe uma onda de esperança, em especial aos que viviam em situações mais precárias, mas em breve se percebeu que uma vez mais os fracos iam perder e quem tem a força continuaria a dominar.
Aqueles que viram na globalização a possibilidade de melhorarem o seu nível de vida cedo perceberam que isso não ia acontecer.
O que aconteceu foi a exploração desenfreada de mão de obra em modo de escravatura, em especial nos países em vias de desenvolvimento.
E sim está a ser feito um nivelamento, mas é um nivelamento por baixo que ainda não terminou.
E este é um caminho perigoso porque não se percebe bem como é que uma sociedade assente na economia e no consumo pode cumprir os seus desígnios empobrecendo de forma sistemática aqueles que deviam ser os protagonistas da ação.

Sobre o dia mundial de qualquer coisa

Hoje é o dia mundial do sorriso.
Porquê?
Por que não do choro? (seria muito mais adequado ).
Porquê hoje?
Antes da economia ter tomado conta de tudo (hoje a grande maioria dos dias de qualquer coisa não passam de descarados apelos ao consumo) os dias de... normalmente correspondiam a fraquezas sociais que era necessário corrigir.
Banalizaram-se de tal modo os dias de, que a sua multiplicação anula a mais das vezes o efeito desejado de ajudar a resolver uma situação que por qualquer razão tenha saído de controle.
Hoje quem quiser um dia mundial basta ir ao cardápio e escolher.
Alguém me sabe dizer e em que dia é e para que raio serve um Dia Internacional da Banheira?

quinta-feira, outubro 06, 2016

Afinal quem gosta de quem?

João gosta de Luisa que gosta de Fernando que gosta de Manuela que gosta de Francisco que gosta de... João?
Quem gosta de alguém que gosta de alguém, gosta de alguém?
A confiar no mundo virtual sim e todos gostam de todos!
O que não deixa de ser estranho quando vemos no dia a dia as pessoas com os nervos à flor da pele, irritadas com a vida, prontas a quase tudo para mostrarem quanto estão zangadas.
Mas talvez tudo não passe de um plano bem concebido.
Sem conseguirem suportar o "peso" do mundo real as pessoas refugiam-se cada vez mais no virtual e algumas já não sabem viver fora dele.
Pela razão simples que no mundo real não há botão para desligar.
Antevejo um fim triste a esta transmutação improvável.
No futuro cada um de nós terá milhares de amigos, mas nenhum que o levante do chão se cair na rua mesmo à porta de casa!

terça-feira, outubro 04, 2016

A Grande Hipocrisia

A noticia de hoje mesmo diz que existem 385 milhões de crianças a viver na pobreza extrema.
Alarme, pensei eu! De imediato liguei a televisão, procurei os vários órgãos da imprensa on line para ouvir as reações dos doutos conhecedores de todas as cousas. Erro meu. Procurei em vão. Os doutos sabedores de todas as cousas estão neste momento muito ocupados a comentar a questão do cão que mordeu na porteira ou a analisar profundamente se o esgar de dor do craque da bola se deveu a um torção no joelho ou se simplemente estava com vontade de se aliviar.
Sobre a noticia de existirem 385 milhões de crianças na pobreza extrema nem um ai.
Esta fome será tratada numa conferência com todos os chefes de estado do chamado mundo civilizado onde se gastará o dobro do necessário para tirar estas crianças da pobreza.
Como é que isto é possível?
Neste celebrado mundo virtual o valor das coisas não é medido pelo seu valor real, mas tão só pelo impacto na carteira dos donos do mundo.
Estamos a viver uma grande fraude colectiva de que somos todos culpados, mas da qual só uma minoria tira proveito.
Se um banco importante ameaça falência "aparecem" de imediato os trilhões necessários para o salvar. Se 385 milhões de crianças passam fome isso não passa de um número abstracto.
É a total inversão de valores com o virtual a prevalecer sobre o real.
Uma minoria detém o poder e usa-o a seu belo prazer.
A grande maioria "amocha"!